sexta-feira, 6 de maio de 2011

Prólogo

Ele observa sua amada, com apenas um de seus olhos – embora, enxergasse perfeitamente com os dois -, e diz:
            - E agora, como um autêntico urso pirata, abandono o navio.
Então, guarda sua espada de madeira, enche o peito para frente e pula para fora da embarcação.
Para a amada, esse gesto parecia estranho e incompreensível, uma vez que após toda a aventura, os perigos e seus encantos, o urso ter decidido, repentinamente, ‘cair fora’ sem concretizar o ato romântico que a cena protagonizava, através de um simples beijo para o ‘felizes para sempre’.
No entanto, ela não notou que atrás do ‘tampa olho’ daquele urso, caiam lágrimas, que o coração dele batia freneticamente após terminar suas palavras, ou que pela primeira vez, ele deu um pulo perfeito sem se atrapalhar.
E o leitor, ahhh ... o leitor, deve estar confuso e questionando: urso pirata? Pirata, que abandona o navio? Atrapalhado, aventureiro e apaixonado? Quantas contradições?
Tudo bem, não vou estragar o final, para entender toda essa bagunça, é preciso retroceder na estória, para muito, muito tempo atrás, quando tudo começou...

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